segundona de feriado de pentecostes, nada melhor. assim dá pra me recuperar do final de semana cheio de coisas. sexta a noite foi o baile de gala da ESPCI, sábado foi o dia de ressaca que vem avec um gala e domingo fomos pro Parc Astérix. próximo post eu comento melhor sobre esses eventos, mas neste momento eu vou quebrar a ordem cronológica das coisas e falar sobre o final do domingo (pós parque) e madrugada subsequente.
decidimos descer do rer na casa do benoît (na rue lepic, aquela onde van gogh morou, onde fica o café que a amélie poulain trabalhava...) e fazer uma janta. estávamos com dois ingleses no grupo que começaram às 4 da tarde botar vontade de tomar gin and tonic e assim o fizemos. os ingleses foram, ficamos em quatro e decidimos, 1h da manhã fazer o tour das atrações turísticas em velib'.
quase desisti na primeira, porque eu garanto a todos que subir montmartre, bêbado, de bicicleta não é fácil não. muita risada e muita risada ficaram de recordação (e uma dor nos dedos incrível). tiramos uma foto em cada um dos monumentos visitados:
1. sacré-coeur
2. galeries lafayette
3. opéra
4. place vendôme
5. comédie française
6. musée du louvre
7. pont neuf
8. conciergerie de paris
9. notre dame
10. fontaine saint michel
11. institut de france
12. musée d'orsay
13. assemblée nationale
14. tour eiffel
15. étoile- arc du triomphe
16. avenue des Champs-Elysées
17. église de madeleine
18. nascer do sol na place de la concorde
isso durou de 1h30 às 5h00 da madrugada, e foi com certeza uma noite que vai ficar marcada na minha cabeça pro resto da vida. chegar com o sol nascendo e ver o céu de paris se iluminando com os primeiros raios por detrás de madeleine, vista da concorde. o fato é que não tem como não amar paris.
the ultimate velib' tour.
cosa nostra
quem é vivo sempre aparece. nunca mais vou prometer "não abandonar" o blog pois nunca dá certo, apesar que dessa vez o tempo away é totalmente justificável. minha mãe conseguiu atravessar o atlântico e vir passar duas semanas comigo. durante a primeira semana eu ainda estava de férias, mas durante a segunda, conciliar aulas, relatórios, trabalhos, provas e turismo foi bem cansativo. conseguimos salvar uma parte da viagem que havíamos planejado: a ilha de Capri, na Baía de Napolis.
a ilha é realmente o paraíso, pizzarias típicas com fornos à lenha, macarronadas com molho de tirar o fôlego, gelatos fantásticos e limões mutantes típicos da sul da italia. (aliás, a ilha de capri é conhecida por ter limão partout).
o objetivo do post, além de deixar algumas fotos aqui para posteridade, é comentar como é preciso uma tonelada de paciência para aguentar os italianos (e ser confundido com um o tempo inteiro). quando você sai de uma sociedade como a francesa, na qual regras de educação ditam o dia a dia e você pede "pardon" até por respirar errado perto de alguém, ir para um país onde a desordem reina me chocou. italianos trombam em você, passam por você, não tem a menor idéia do que significa o conceito de fila whatsoever... mas são simpaticos ao extremo, pelo menos.
as coisas não funcionam, nada sai no horário (e reenforço nada sai no horário) incluindo aviões. os 3 vôos que eu peguei em solo italiano saíram com atrasos, todos devido a algum barraco que italianos davam (junto com fila, eles também não conhecem o conceito de bagagem de mão da easyjet). é, foi quase como dar um pulinho no brasil...
mas OI?!
Olhem esse mapa da "linha 4" aí ao lado. Meus próximos destinos, não é!? Pois é... Seriam se um vulcão não tivesse dado o ar da sua graça no sudeste da Islândia e expelido na atmosfera uma nuvem gigantesca de cinzas que provocou o caos no tráfego aéreo europeu entre quinta feira passada (15) e terça (20). Acho que eu nunca dei tanto F5 em páginas como a dos Aéroports de Paris ou Reuters.fr. O resultado de tudo isso foi o vôo da TAM da minha mãe cancelado (sim, foi o primeiro dos vôos cancelados) e muito stress no final das contas.
Onde foi parar a história? No Jornal do Brasil.
http://jbonline.terra.com.br/leiajb/2010/04/21/primeiro_caderno/brasileiros_ainda_presos_no_exterior.asp
Não é culpa de ninguém, eu sei, mas não deixa de estressar um bom tanto. Porém, no meio de toda essa confusão, eu tirei um tempo pra refletir sobre a ordem de grandeza das coisas.
Por exemplo: todo mundo já deve ter olhado para um boeing ou um airbus e ficado deslumbrado com a grandiosidade de uma máquina que o homem pode fabricar. Depois disso, quando você decola de um aeroporto como o Charles de Gaulle, você olha para baixo e vê muitos desses aviões e pensa "Damn, o negócio é gigante". Agora pra colocar em perspectiva, tentar imaginar que um vulcão (um dos pequenininhos da Islândia) teve a força pra cancelar mais de 60 000 vôos em cinco dias... Bom, quem é mais forte? Acho que a natureza deixa a gente no chinelo.
Agora, paciência para a TAM remarcar a passagem da minha mãe, e estudar mecânica de fluídos pra maio.
Salut...
cool things - alemanha
duas semanas atrás, no meu break de inverno, fui para a Alemanha com a Mai. a viagem rendeu muitas histórias, uma centena de piadas internas, um ótimo número de momentos hilários, várias listas de "top 10". esse post será, donc consacrado a uma lista rápida de coisas interessantes da semana.
- para quem não sabe, quando eu era mais jovem (e a vida era tão mais simples...) eu costumava jogar rpg de Harry Potter, fóruns online nos quais se criaram verdadeiros universos paralelos. em geral, cada fórum era uma escola de magia, e existia uma busca insana por fotos dos mais bonitos castelos possíveis para representá-las. Neuschwanstein era sempre um dos mais cotados, e, sentado de madrugada no icq, lá no meio do nada do interior catarinense, eu nunca achei que um dia estaria de verdade lá.
l'hiver
sabe uma coisa que eu vou sentir falta concernant ao inverno? (não entremos no mérito da discussão sobre o pq raios eu estou tratando o inverno como se ele já tivesse passado se toda manhã faz uma temperatura negativa lá fora)
chá.
é, simplesmente chá. não tem nada mais agradável do que uma canequinha fumegante de chá após pegar o vento congelante da estação de metrô até em casa (teoria: o boulevard périph - uma rodovia que contorna paris - é um imenso encanamento de correntes de ar gélidas que atingem intensidades desumanas). Nariz e bochechas gelados, água chiando na bouilloire... poxa, já perdi uma pessoa especial no que diz respeito a chá em paris (não só no que diz respeito a isso, mas enfim...), agora vou perder o friozinho.
não que eu esteja reclamando. já deu o que tinha que dar esse inverno desnecessário. já se vai tarde. (sim, eu continuo tratando-o como passado, go figure)